terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Terra ensina o homem

Ou será que foi o contrário?
A gente começou a fazer tanta cacaca que de repente o planeta começou a esbravejar.
Acho que é como a gente. Vamos até o nosso limite, depois colocamos até os gatos a correr....
O Haiti, com toda o seu sofrimento nos sensibilizou. Claro, sabemos que esse tipo de coisa já ocorreu antes mas nunca esteve dentro da nossa casa na hora ou minutinhos após acontecer. Bom, esteve que me lembro nas Torres Gêmeas e em mais um ou dois grandes marcos. Mas não me lembro de ter me doído tanto ver o desespero e a busca por misericórdia de pessoas de todas as cores, classes e idades. Acho que só quem não olhou não sentiu que podia ser conosco ou com os seus. A Terra é a mesma, ainda que não haja a fenda sob nosso solo, o ar, o mar, a água e o sol são nossos parceiros diários e podem ser nervosos também.
O que me impressionou foi ver que algumas coisas já mudaram na forma do homem se mostrar incomodado com a catástrofe.
No evento que o belo Clooney apresentou, o que se sobressaiu não foram os nomes e sim a necessidade de ver um país com a esperança de se reconstruir. Não houveram estrelas e sim pessoas que queriam mostrar que acreditavam na reconstrução. Quando Madonna ou Bono não são anunciados, simplesmente sobem ao palco e fazem o seu melhor é como se estivessem dizendo, “faça você também a sua parte, faça o seu melhor não esperando nada em troca”. Esse anonimato me pareceu tão significativo.
Quando Spielberg atende o telefone para receber donativos sem se identificar, mostra que qualquer gesto, não importa de quem, tem um valor incrível. E não é só a grana que vale. Vale a ação de ajudar, mesmo que a gente não saiba o nome e nem nunca venha a saber.
O que importa é que a gente aprende. Sempre. E o homem pode ensinar, se não for assim, a Terra pode fazê-lo aprender.

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